segunda-feira, 27 de junho de 2011

Outras Análises sobre o Liberalismo


Quem leu o livro 1984 de George Orwell e o seu Big Brother que, aliás, serviu de inspiração para produtores de televisão, pode ter percebido a exacerbação do que seria um Estado extremamente controlador. Bem, ficções à parte, pudemos acompanhar durante o século XX, diversas variações de Estado no que tange as questões de intervencionismo.
            Vimos de paraísos sociais-democratas, como é o caso da Suécia, a casos em que o Estado figurava com um poder irresistível cuja missão era a de aplainar as classes sociais, igualando-as e tornando-as indistintas. Temos exemplo disso na antiga União Soviética e em Cuba. Nestes países, como o individualismo era visto como discrepância liberal e capitalista, direitos inalienáveis do ser humano foram desrespeitados, em prol do retorno a um comunismo primitivo, mas glorioso e abundante.
            Ambas as correntes liberais e marxistas são frias e pragmáticas, mas existem pontos comuns entre estas correntes. Vejo isto quando aprendo que o Marxismo apregoa que o Estado não teria mais função, quando as classes sociais fossem abolidas e quando vejo os liberais almejando uma não intervenção estatal, a ponto de reduzir o Estado ao mínimo.
            Vimos os países comunistas sucumbirem e outros como os Tigres Asiáticos emergirem economicamente, incluindo o Brasil, apesar do atraso, por causa da adoção da prática das substituições das importações, ao adotarem uma corrente mesclada político/econômica e crescido economicamente. Isto graças à motivação dos sociais-democratas, que, ao perceberem que os benefícios sociais concedidos aos trabalhadores atenuavam a desgastante jornada a que se propuseram, o que os fez mudar de rumo.
            Não só o liberalismo livrou as pessoas de uma situação completamente precária antes de seu advento. O capitalismo foi fundamental nesta questão ao permitir que, o indivíduo, ao vender a sua força de trabalho, pudesse comprar itens básicos para uma vida melhor. Estes itens não poderiam nunca ser comprados antes da obtenção de um salário, simplesmente não eram fabricados.
            A única indústria existente era aquela que fabricava alguns itens sob encomenda para a nobreza e uma espécie de pano que era utilizada no vestuário da vassalagem. Mas, o capitalismo só pode ser visto como tal, após a produção em massa de diversos itens que era consumida pelos próprios empregados, pois passaram a ter um salário para exercer este consumo.
            Logo, o trabalhador descobriu que aquilo não bastava e que, com o acúmulo do capital, ele tinha direito a algo mais. Começou, então, a sua luta por direitos trabalhistas e direitos previdenciários. Atualmente, se olharmos para trás é inacreditável o conjunto de direitos obtidos pela classe trabalhadora. E estes direitos se expandiram para o homem do campo e para a mulher da cidade, poderíamos chamar assim as empregadas domésticas.
            São exatamente estas conquistas que farão com que a nova investida liberal se acalme.

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